sábado, 31 de julho de 2010

Diário de uma viagem


Primeiro de agosto de 2010.

Viver tem lá suas dores, seus sabores, suas mortes enfim...
Estranho, dia estranho, mas estranho que ele sou eu, fingindo normalidade... quando a vontade é de gritar: é hoje! Frio na barriga, mente aérea, dificuldade para respirar, batimentos acelerados. Viver pode doer, eu sei. Aqui, começo uma nova fase, não somente pela viagem ao Velho Mundo, mas pelo tempo que passarei só comigo mesma... aprendendo a ser só...
É a minha primeira viagem internacional, o que me espera? Não sei... rasguei roteiros, vou seguir o cheiro do vento, vou viver a cidade e dela morrer!
Uma grande amiga, em seu e-mail de boa viagem para mim, disse: “[...] se o meio de transporte mudou, a sede de conhecer que você carrega no coração é a mesma dos viajantes de séculos atrás.”, acho que isso resume o meu espírito. O engraçado é que nunca havia pensado dessa forma.
A vida é feita de oportunidade and I have the time of my life. Um dia de cada vez, com direito a errar e errar de novo (somente duas vezes, porque não sou burra)... cada um tem a sua própria fórmula pra ser feliz, não nos limitemos a práticas estereotipadas pela sociedade. E no fim das contas não espere demais, nem de você mesmo, porque a desilusão é sempre certa e isso é certo!
Enfim, já é hora!

Vou ali e volto logo.

Carpe diem, meu povo!

domingo, 25 de julho de 2010

Dom Casmurrro

Como eu disse que faria outros tipos de viagens por aqui, redescobri em meus escritos da Especialização em Literatura Brasileira que fiz essa pequena resenha que gostaria de partilhar com você, caro leitor. Machado de Assis é ainda um autor muito vivo em nossa memória e, em meio a tantos outros artistas brasileiros, nos dá orgulho de dizer: é brasileiro, não sei se a recíproca seria verdadeira... Mas vamos ao que interessa!
Dom Casmurro é, talvez, o mais popular romance brasileiro. Publicado em 1900, o livro é o sétimo romance de Machado de Assis, o mais aclamado escritor brasileiro de todos os tempos. A complexidade da narrativa machadiana, que se insere cronologicamente no Realismo, mas que o ultrapassa, pela qualidade da prosa e pelo nível de problematização da vida que alcança, se consubstancia plenamente em Dom Casmurro.

Narrado em primeira pessoa, o romance conta, em flashback, a história da vida de Bento Santiago (o narrador, agora, amargurado, transformado em Dom Casmurro) e seu grande amor, Capitu. Casados há algum tempo, o narrador começa a suspeitar que a mulher o traiu com seu melhor amigo e, convencido disso, acaba por separar-se dela, a quem "exila", com o filho, na Suíça. Na verdade, o tema do romance não é esta suposta traição, mas a própria suspeita do narrador, sua vulnerabilidade ao ciúme, sua incapacidade de lidar com a felicidade conjugal, que atingira depois de vencido o obstáculo do seminário, para onde o mandara a mãe, que o queria padre. A trama se situa no Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX.

A primeira recepção de Dom Casmurro parece ter acreditado piamente no narrador, afirmando que o romance se assemelhava a O Primo Basílio e a Madame Bovary, isto é, eram romances de adultério. A partir da década de 60, com o estudo pioneiro da americana Helen Caldwell, passou-se a considerar a possibilidade de que a traição fosse apenas fruto da imaginação doentia de Bento Santiago. Mais tarde, o ensaio de Silviano Santiago (Retórica da Verossimilhança) focaliza a figura do narrador em si, propondo que ele, sim, é a grande personagem problemática do romance.

A complexidade da seqüência narrativa, com um vaivém no tempo (às vezes no mesmo parágrafo se tem dois momentos diferentes da história), e, sobretudo, as interferências do narrador fazem com que o romance se revele inesgotável. Isso acontece, por exemplo, quando o narrador diz ao leitor que ele deve preencher as lacunas de sentido que encontrar no texto – o que atribui a ele, leitor, um papel significativo na obra, cujo sentido maior só se completaria com a sua interpretação.

Certamente, Dom Casmurro não é um romance "realista", no sentido estreito que este adjetivo pode ter quando aplicado como um rótulo a obras literárias. É antes, um romance "impressionista", já que se desenvolve no terreno dos meios tons, da dúvida, da incerteza, das insinuações. Mas é, antes de mais nada, um grande romance, em si mesmo, para além de classificações redutoras.

Girls just wanna have fun!

Festa! Seja qual for o tipo: Carnaval, Fim de Ano, Festas de Santos, Junina, Julina, Agostina, Setembrina ou um simples aniversário!!!

O que queremos nós com isso? Nos divertir é óbvio! Esquecer um pouco dos problemas e dos dissabores que nos atingem todos os dias...

Meninas-mulheres, amigas! Precisamos nos sentir vivas! Aproveitar cada momento, cada segundo como se fosse o último... Viver implora isso de nós.

Justamente porque a vida requer sacrifícios, às vezes, é preciso fazer com que a simples presença de quem se gosta numa data nomeada por nós mesmas especial seja motivo suficiente para comemorar sempre!

Por isso, se eu pudesse aconselhar alguém, diria: seja o melhor que você pode ser, diga sempre tudo que precisa dizer e, ao menos, tente ser feliz. Felicidade é subjetiva, nunca perfeita... então, faça do seu bem-estar sua meta. Viva mais, ame mais, sorria mais, tente falar menos, e erre, porque faz parte do aprendizado.

Viver vale a pena e quando se tem amigos a vida fica mais leve...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Viajar é que é preciso!


Há milhões de anos, um único sentimento move a humanidade. É esse o mesmo sentimento que me faz viver. Curiosidade! Característica ou qualidade de curioso. Desejo intenso de ver, ouvir, conhecer, experimentar algo novo, original, desconhecido. Vontade de aprender; interesse intelectual. Procura de coisas originais, insólitas etc. (só o Houaiss salva!). Foi esse mesmo sentimento que fez com que se descobrissem o fogo, a roda, e com que se criassem as horas, os dias da semana, os meses do ano e tudo mais que para nós, atualmente, parece tão banal... Imaginem que até há algumas centenas de anos atrás acreditava-se que a Terra era plana e que se as embarcações alcançassem o horizonte cairiam num infinito... mas a curiosidade humana provou que, ao contrário do que se pensava, a Terra era redonda e mais tarde seria provada a existência de uma força que nos mantém presos a ela: a gravidade. Com esses exemplos, é quase impossível não deixar que a curiosidade me leve... Minha paixão pela vida e pelo conhecimento me levam a considerar em alto grau a necessidade de se ter curiosidade e por ela ser movida.

Foi Pessoa quem disse que “Viver não é preciso, viajar é que é preciso”, e não serei eu a discordar. Pra mim, aqui também existe a forte influência dessa força chamada curiosidade, pois é o que faz do viajar ser preciso. É preciso pra mim. Por isso a ideia de criar “As viagens de Isabel”. Por favor, alguém que me lê, não pense somente em “viagens” como um termo pejorativo, apesar, devo confessar, que em alguns casos, será isso que apresentarei: viagens da minha mente insana. A necessidade de falar para o outro o que pensamos, o que somos, é o que nos faz ser quem somos. Algumas correntes psicanalistas acreditam na cura através da fala, da escrita. Então, o blog nada mais é do que uma terapia em grupo on-line. Que fiquemos todos loucos e que "bloguemos"!

E eu ainda tenho pressa, mas irei, por ora, organizando minhas ideias...

Sejam bem-vindos a estas viagens!