Mas que coisa é o céu de Lisboa... agora eu entendo a paixão por essa cidade.
As viagens de Isabel
sábado, 30 de outubro de 2010
Lisboa, a cidade fantasma?
Mas que coisa é o céu de Lisboa... agora eu entendo a paixão por essa cidade.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
No Café a Brasileira
Colo de bronze!
População fumante + espaço pequeno = pessoas com alergia
Fernando Pessoa, ilustre poeta português, no Café a Brasileira... Se você está curioso em saber o que Pessoa faz lá... contarei eu a história:
Aiaiai... e eu sonhando ao lado dele
Pelos idos de 1905, no largo do Chiado (homenagem ao poeta António Ribeiro Chiado), foi inaugurado um café chamado A Brasileira do Chiado, esse nome foi dado porque seu dono depois de passar uns tempos no Brasil voltou para Lisboa, onde vendia, nesse café, o café genuinamente brasileiro... até que com o passar dos anos recebeu o nome pelo qual é conhecido hoje em dia...
A Brasileira do Chiado (início do século XX)
O poeta António Ribeiro Chiado, estátua que fica quase em frente ao Café
O que há de interessante é que neste pequeno espaço, pela década de 1920, o café era muito frquentado por um grupo de artístas dentre os quais, Pessoa era um dos maiores e assíduos frequentadores. Por isso mesmo, em homenagem a ele há hoje sua estátua em bronze.
Por sua história e peculiaridades, o Café a Brasileira se tornou ponto turístico... bom pra cidade, bom pro café, mas no tempo que passei lá, vi que muitas pessoas desconhecem quem foi Pessoa e parem lá a tirar foto por ser simplesmente por ser mais um ponto do guia da cidade...
O Café a Brasileira fica na Rua Garret, em uma das saídas do "metro" (de acordo com a pronúncia lusitana) do Baixo Chiado (relembrando isso enquanto escrevo, sinto uma vontade imensa de poder voltar lá...)... Baixo Chiado e Rossio são distritos de Lisboa que seguem a mesma linha, de certa forma lembram Santa Teresa ou Lapa com menos bares... e limpos!
Roberta, atendente do Café, é brasileira, diz que quer voltar para o Brasil e resumiu bem(?) o povo português: "São grossos..." Não concordo. Depois de um tempo, percebemos que é mais uma questão cultural... depois de convivermos um tempo com os portugueses, a tendência é entendê-los, percebendo seus hábitos. Realmente receptividade não é um de seus costumes. Mas como para toda regra há uma exceção, encontrei vários portugueses "amigos" nessa viagem, inclusive o Fernando Pessoa, que é daqui observado de longe por outro poeta, Camões.
(Em 09/08/2010)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Diário de bordo (aha!)

Enfim Lisboa...


Os monumentos históricos e os não históricos também...



Teleférico do Oceanário (olhem minha cara de medo)...


E eles têm um Cristo Rei...
A comida sem o nosso tão precioso tempero... não foi possível acabei por apelar...

Os cinco mendigos (moradores de rua, acho que cabe melhor) da cidade de Lisboa são bastante politizados...
(vou colocar foto ainda!)

A padaria Ipanema, na Avenida, é dona do macarrão mais matador de fome que conheci em Portugal (com muito queijo ralado, é óbvio)...
Chegando ao final da Avenida, depois de grandes hotéis e lojas de marcas, encontramos o Hard Rock café Lisboa (Lindo e original! - Vai valer um post)
Seguindo um pouco mais, começamos a sentir uma leve brisa... e lá em nosso horizonte se apresenta o Rio mais fofo que conheço na literatura! Sim, o Tejo! O que nos separa dele então é a famosa Praça do Comércio, idealizada pelo Marquês de Pombal, a quem muitos acreditavam ser louco pelas mudanças sugeridas depois do Terremoto que destruiu a cidade no século XVIII...
Cada ponto por mim visitado receberá um post...
Por enquanto vou ficando por aqui... Saudades da minha terrinha tupiniquim!
Beijos gajos e raparigas, as viagens continuam e estou a caminho de Coimbra! Simbora meu povo!
P.S.: A hora da foto está de acordo com o Brasil, acrescentem 4 horas...
sábado, 31 de julho de 2010
Diário de uma viagem
Viver tem lá suas dores, seus sabores, suas mortes enfim...
Estranho, dia estranho, mas estranho que ele sou eu, fingindo normalidade... quando a vontade é de gritar: é hoje! Frio na barriga, mente aérea, dificuldade para respirar, batimentos acelerados. Viver pode doer, eu sei. Aqui, começo uma nova fase, não somente pela viagem ao Velho Mundo, mas pelo tempo que passarei só comigo mesma... aprendendo a ser só...
É a minha primeira viagem internacional, o que me espera? Não sei... rasguei roteiros, vou seguir o cheiro do vento, vou viver a cidade e dela morrer!
Uma grande amiga, em seu e-mail de boa viagem para mim, disse: “[...] se o meio de transporte mudou, a sede de conhecer que você carrega no coração é a mesma dos viajantes de séculos atrás.”, acho que isso resume o meu espírito. O engraçado é que nunca havia pensado dessa forma.
A vida é feita de oportunidade and I have the time of my life. Um dia de cada vez, com direito a errar e errar de novo (somente duas vezes, porque não sou burra)... cada um tem a sua própria fórmula pra ser feliz, não nos limitemos a práticas estereotipadas pela sociedade. E no fim das contas não espere demais, nem de você mesmo, porque a desilusão é sempre certa e isso é certo!
Enfim, já é hora!
Vou ali e volto logo.
Carpe diem, meu povo!
domingo, 25 de julho de 2010
Dom Casmurrro

Narrado em primeira pessoa, o romance conta, em flashback, a história da vida de Bento Santiago (o narrador, agora, amargurado, transformado em Dom Casmurro) e seu grande amor, Capitu. Casados há algum tempo, o narrador começa a suspeitar que a mulher o traiu com seu melhor amigo e, convencido disso, acaba por separar-se dela, a quem "exila", com o filho, na Suíça. Na verdade, o tema do romance não é esta suposta traição, mas a própria suspeita do narrador, sua vulnerabilidade ao ciúme, sua incapacidade de lidar com a felicidade conjugal, que atingira depois de vencido o obstáculo do seminário, para onde o mandara a mãe, que o queria padre. A trama se situa no Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX.
A primeira recepção de Dom Casmurro parece ter acreditado piamente no narrador, afirmando que o romance se assemelhava a O Primo Basílio e a Madame Bovary, isto é, eram romances de adultério. A partir da década de 60, com o estudo pioneiro da americana Helen Caldwell, passou-se a considerar a possibilidade de que a traição fosse apenas fruto da imaginação doentia de Bento Santiago. Mais tarde, o ensaio de Silviano Santiago (Retórica da Verossimilhança) focaliza a figura do narrador em si, propondo que ele, sim, é a grande personagem problemática do romance.
A complexidade da seqüência narrativa, com um vaivém no tempo (às vezes no mesmo parágrafo se tem dois momentos diferentes da história), e, sobretudo, as interferências do narrador fazem com que o romance se revele inesgotável. Isso acontece, por exemplo, quando o narrador diz ao leitor que ele deve preencher as lacunas de sentido que encontrar no texto – o que atribui a ele, leitor, um papel significativo na obra, cujo sentido maior só se completaria com a sua interpretação.
Certamente, Dom Casmurro não é um romance "realista", no sentido estreito que este adjetivo pode ter quando aplicado como um rótulo a obras literárias. É antes, um romance "impressionista", já que se desenvolve no terreno dos meios tons, da dúvida, da incerteza, das insinuações. Mas é, antes de mais nada, um grande romance, em si mesmo, para além de classificações redutoras.
Girls just wanna have fun!
O que queremos nós com isso? Nos divertir é óbvio! Esquecer um pouco dos problemas e dos dissabores que nos atingem todos os dias...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Viajar é que é preciso!
Foi Pessoa quem disse que “Viver não é preciso, viajar é que é preciso”, e não serei eu a discordar. Pra mim, aqui também existe a forte influência dessa força chamada curiosidade, pois é o que faz do viajar ser preciso. É preciso pra mim. Por isso a ideia de criar “As viagens de Isabel”. Por favor, alguém que me lê, não pense somente em “viagens” como um termo pejorativo, apesar, devo confessar, que em alguns casos, será isso que apresentarei: viagens da minha mente insana. A necessidade de falar para o outro o que pensamos, o que somos, é o que nos faz ser quem somos. Algumas correntes psicanalistas acreditam na cura através da fala, da escrita. Então, o blog nada mais é do que uma terapia em grupo on-line. Que fiquemos todos loucos e que "bloguemos"!
E eu ainda tenho pressa, mas irei, por ora, organizando minhas ideias...
Sejam bem-vindos a estas viagens!